O que esperar do e-commerce no Brasil em 2025?

O que esperar do e-commerce no Brasil em 2025?

Se 2024 já foi um ano movimentado para o comércio eletrônico, prepare-se: 2025 promete ser ainda mais agitado. Segundo a ABComm, o e-commerce brasileiro deve ultrapassar a marca dos R$ 234 bilhões em faturamento, com um crescimento estimado de quase 15%. O ticket médio também vai subir, ficando na casa dos R$ 539,28, e a expectativa é que três milhões de novos compradores entrem no jogo.

Mas não é só o volume de vendas que está crescendo — o mercado está ficando mais inteligente. Literalmente. Uma pesquisa da Ebit/Nielsen mostra que cerca de 70% das lojas virtuais no Brasil já adotam inteligência artificial para turbinar suas operações. O foco? Análises de dados em tempo real, automação de tarefas e, claro, experiências de compra mais personalizadas para cada tipo de consumidor.

Ou seja: quem quiser se destacar vai ter que unir estratégia, tecnologia e muita agilidade. E você, já está se preparando pra essa nova fase do e-commerce?

E-commerce no Brasil: um 2025 que começou com o pé direito

Se janeiro serve como termômetro do ano, então o e-commerce brasileiro está em ritmo acelerado em 2025. Só no primeiro mês do ano, o setor movimentou mais de R$ 155 milhões entre os cinco segmentos mais fortes:

  • Roupas e Acessórios liderando com R$ 68,5 milhões
  • Casa e Jardim com R$ 49,3 milhões
  • Infantil com R$ 16,6 milhões
  • Saúde e Bem-estar somando R$ 10,7 milhões
  • Alimentos e Bebidas logo atrás com R$ 10,4 milhões

Esses dados vêm de um universo de 700 lojas virtuais analisadas pela edrone — e deixam claro que o varejo digital segue firme e forte.

O papel da automação no resultado

Por trás desses números impressionantes, tem um elemento que merece destaque: automação de marketing. Só pra ter uma ideia, no setor de Alimentos e Bebidas, quase 33% da receita veio de campanhas automatizadas de e-mail. Isso mostra como as ferramentas certas podem impulsionar resultados de forma expressiva.

Entre os recursos mais eficientes, se destacaram:

  • Newsletters, que trouxeram R$ 10,2 milhões só para o segmento de moda
  • Fluxos personalizados e recomendações inteligentes, que geraram mais de R$ 1 milhão em vendas
  • Recuperação de carrinhos abandonados, um clássico que continua funcionando muito bem

Enquanto algumas lojas usam essas estratégias para escalar e fidelizar, quem ainda não entrou nesse jogo pode estar deixando boas oportunidades passarem batidas.

Crescimento contínuo à vista

Segundo o Abcomm Forecast, a previsão de crescimento do faturamento no e-commerce brasileiro não dá sinal de desaceleração. A expectativa é que o setor ultrapasse os R$ 250 bilhões até 2027. Isso explica por que tantos empreendedores estão apostando em lojas virtuais — especialmente os pequenos e médios que querem garantir seu lugar ao sol.

A própria edrone revelou que, em 2024, cerca de 20% do faturamento das lojas que usam a plataforma veio das automações de marketing. E os dados são animadores:

  • Recuperação de carrinho com 25% de taxa de abertura e 1,6% de conversão
  • Pós-venda com quase 44% de abertura e conversão de até 1,86%, especialmente quando entra cupom de desconto ou estratégia de cross-selling

A automação está deixando de ser um diferencial e virando um requisito pra competir de verdade.

Quem é o novo consumidor online?

Com tanta loja nova entrando no jogo — só em 2023 foram mais de 1,9 milhão, segundo a BigDataCorp — conhecer bem o consumidor virou prioridade.
Desde o início da pandemia, mais de 70 mil empresas migraram para o e-commerce. E esse número só cresce.

A tendência é clara: o consumidor brasileiro está cada vez mais conectado. Uma pesquisa da E-commerce Trends (Opinion Box + Octadesk) revelou que:

  • 58% dos entrevistados compraram mais online do que em lojas físicas em 2023
  • Apenas 22% ainda preferem o presencial

E tem mais: a previsão é que o número de compradores virtuais no Brasil vá de 87,8 milhões (em 2023) para mais de 107 milhões até 2028. Ou seja, a base de consumidores está crescendo rápido — e junto com ela, a concorrência.

Nesse cenário, ter um diferencial

O perfil do consumidor brasileiro no e-commerce (e por que o mobile manda no jogo)

Pra entender melhor os caminhos do e-commerce no Brasil, é essencial olhar com atenção pra quem tá do outro lado da tela: o consumidor. Segundo a Abcomm, em 2024, as mulheres lideram as compras online, representando 59% dos clientes das lojas virtuais. E a faixa etária que mais consome está entre os 25 e 44 anos – ou seja, gente em plena fase ativa de vida e consumo, principalmente concentrada na região Sudeste.

E tem mais: o celular virou, de vez, o principal canal de compra. Hoje, cerca de 55% das vendas online no Brasil já são feitas via mobile, superando o desktop. E esse número promete crescer ainda mais. Não é por acaso que os grandes marketplaces estão investindo pesado em aplicativos que facilitam essa jornada pelo celular.

Lembra da febre da Shein? Pois é. Em 2021, ela liderou o ranking de apps de compras mais baixados no Brasil. Já em 2022, quem levou o troféu de popularidade foi a Shopee, com mais de 9 milhões de downloads só no segundo trimestre do ano! Mercado Livre e Magalu completaram o pódio na sequência.

E sabe qual é o dado que realmente mostra o quanto o mobile virou protagonista? O Brasil foi o país com maior crescimento no tempo gasto dentro de apps de compra. Em 2020, foram 1,7 bilhões de horas; em 2021, esse número saltou pra 2,5 bilhões. Um crescimento de 52%, considerando apenas dispositivos Android!

Em resumo: se você ainda não está oferecendo uma experiência de compra redonda no mobile, tá perdendo vendas. E não é pouca coisa.

 

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